quinta-feira, 10 de maio de 2012

cap- 6


Servos da Meia~Noite
Cap- 6 ~ Tormento.


Em meio a multidão eu só tinha olhos para um alguem, ele...Zero, tão belo como nunca, seu cabelo prateado e metalizado caia sobre um de seus olhos perfeitamente. Zero usava um trage estranho um terno preto com uma pequena rosa, eu jamais o imaginaria vestido assim,e sorria gentilmente para mim, me convidando para uma dança que aceitei de imediato.
Era uma dança lenta, porém cheia de passos diferentes, eu me perguntava onde havia aprendido a dançar daquela maneira, sentia meus pés leves, como se eu pudesse voar. Nossos olho mantinham-se apenas fitando um ao outro.


Olhei em volta eu estaria em um palácio ?, cheio de espelhos onde pude ver meu reflexo, usava um vestido tão encantador que poderia lembrar ao de uma Deusa. As pessoas nos fitavam, tão admiradas,
mas a maior parte do tempo pareciam não estar ali, os únicos sons eram as batidas do nossos corações. 
Fechei os olhos, e podia jurar que estávamos voando,e estávamos.
Mas zero me deixou cair, ele me lançava um olhar melancólico, parecia não poder fazer nada, só me deixava...cair, e aquele despencar parecia não ter fim.


Eu gritava histericamente o seu nome, para que ele voltasse, doía tanto não te-lo por perto, pois nossas almas pareciam se completar, como um quebra cabeça, e ele era a peça que me completava.


Enquanto caia pude sentir mãos gélidas e úmidas me segurando, tinham garras e me faziam sentir calafrios, me levavam para a escuridão, e lagrimas - eram tantas - caiam desesperadamente pela minha face, tudo parecia tão confuso e cheio de sofrimento, como em um pesadelo, mas esse parecia real.
A luz dominou o lugar, meus olhos doíam pela intensidade, eu estava novamente sozinha, encostada em uma parede, como uma boneca quebrada, meus olhos desfocados , eu não chorava mais, meus olhos apenas estavam arregalados como se tivesse acabado de presenciar uma cena de terror.


Alguem me chamava, era uma voz perturbada.


- Yume mantenha a calma, estão distorcendo as cenas ! - Ela gritava e eu tentava encontra-lá.


Sangue de um vermelho escuro escorria pelas minhas mãos, me deixando enjoada e pensei que fosse desmaiar, mas eu não podia, não agora, tinha que ser forte para encontrar a saída.


- O que diabos esta acontecendo ? - Minha voz ecoava pela sala. - Por que comigo ? - Desabei, afogando-se em meio a tantas lagrimas.
fechei os olhos novamente, pensava no toque das mãos de Zero, e esquecia o fato dele ter me deixado cair, eu sentia que não foi de proposito, ele estava sofrendo, havia dor naquele olhar.


E tudo ficou tranquilo, não havia sangue nem mãos gélidas, apenas o sol brilhando como nunca, estava debaixo de uma arvore, e imaginei que tivesse finalmente encontrado o paraíso.


Uma mulher se aproximou, tinha um sorriso tão belo, e traços iguais aos meus, porém mais velha, poderíamos ter algum tipo de parentesco ?


- Quem é você ?- Perguntei enquanto minhas mãos iam de encontro com as dela.
- Eu sou você. - Ela sorria, e quando fomos nos tocar algo impedia, como uma barreira...


E acordei....


- Zero ? - minha voz estava fraca, e eu tentava levantar para encontrar seus olhos.


- shhh - Ele me acalmava enquanto acariciava meu cabelo.


- Eu estava com tanto medo. - Uma maldita lagrima caiu, não queria chorar.


- Eu sei, mas agora estou aqui. - Ele me colocou a sua frente.


Toquei seu rosto, ele abaixou para me beijar mas eu o impedi, colocando um dedo em seus lábios.


- Estou confusa, cheia de perguntas e... - Ele me interrompeu com um longo abraço.


- Irei responder todas, com calma.


Zero me beijou, o toque de seus lábios era prazeroso, mas não podia me deixar ao luxo de sentir isso agora, eu queria respostas, e tiraria isso dele.


- Por favor... - Supliquei, e ele parecia entender meu olhar.


- Os seus pesadelos, eu posso ver todos, eu sinto a sua dor, me perdoe, mas não podia fazer nada. - Ele beijava minhas mãos.


- Ah Zero...


- Você pode me achar louco mas, a alma de sua vida passada, ela não esta em paz, ela quer vingança, Yume...Você tem que quebrar a maldição.


- V-vida p-passada ? - Gaguejei. - E que maldição ?


- Yume... Eu sou filho de akuma, a quem quer te destruir.


- M-mas ele é um demônio. - Aquilo caia sobre mim como pedras, eu havia me apaixonado repetidamente por um demônio. -  Ele me amaldiçoou por isso ? - Estava tão atormentava, isso parecia ser impossível, mas era apenas no que eu queria acreditar.


- Sim, me perdoe. - Zero chorava, eu me sentia péssima ao o ver assim...


- shhh - O abracei, lembranças vinham novamente, quando crianças felizes, correndo por entre as arvores e sorrindo de maneira inocente, mas logo depois mortes, o vermelho borrava tudo repetidas vezes, e eu sentia uma dor profundo, apenas queria adormecer pela eternidade.

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